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Bateu ansiedade? Veja 7 dicas para se preparar emocionalmente para o Enem

06/10/2015

Quanto mais perto de uma prova decisiva, maior costuma ser a ansiedade dos candidatos que se preparam para o tão esperado dia. A ideia de que o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ou o vestibular pode mudar o rumo da sua vida – ou adiar os planos por mais um ano — pode causar o maior frio na barriga.

"Essa ansiedade vem da expectativa -- individual e a da família -- que colocamos no vestibular e no Enem, mas essa ansiedade pode gerar prejuízos, diminuir a concentração e a capacidade de raciocínio, aumentar a dificuldade de interpretação", afirma a psicóloga Camila Cury.

A pergunta que não quer calar é: como lidar com as emoções envolvidas nessa fase? Para dar uma ajudinha, a psicóloga aponta, a seguir, sete dicas para não surtar até o dia do exame.

1 Domine os seus pensamentos
Na reta final bateu um desespero? Você acha que não vai conseguir? Nada de ficar pensando que você não é bom ou que não vai dar conta. "Esse pensamento angustiante bloqueia a memória, então você precisa agir", afirma a psicóloga. Para isso, ela indica a técnica que chama de DCD (duvidar, criticar e determinar). Quando o pensamento negativo chegar, você deve avaliá-lo de forma crítica e agir sobre ele, determinando atitudes saudáveis e positivas.

2 Dormir é fundamental
Não adianta perder uma noite de sono para ficar estudando. Para a psicóloga, isso não é saudável e prejudica o seu desempenho nos estudos. "O sono é fundamental. Ficar sem dormir pode resultar em um rendimento cognitivo menor", afirma Cury. Por isso, é importante ter hora certa para dormir e, 30 minutos antes, desligar os aparelhos eletrônicos. "Pode ser que no começo seja muito difícil, mas é um treinamento. Assim como esporte, é difícil no começo, mas você se adapta aos poucos. O mesmo acontece na psique".

3 Cuidado com a alimentação
Assim como o sono, a alimentação também pode afetar o seu desempenho na hora da prova. Por isso, é importante preferir comidas leves e ingeri-las de forma regrada. "Às vezes, no dia da prova a ansiedade bloqueia a fome, mas ficar sem comer pode dificultar o raciocínio", diz a especialista.

4 Prepare seu cérebro
Dias antes do vestibular, é importante que o estudante se prepare psicologicamente caso algo não dê certo. "Ele precisar pensar 'como eu vou lidar se eu não conseguir resolver uma questão?', 'e seu eu não passar no vestibular?'", diz a psicóloga Camila Cury. Mas essa projeção não pode ser passiva, tem que ser argumentativa, tem que ser um posicionamento questionador, crítico e estratégico. "Se eu não souber a questão, vou passar para a próxima?", diz. "Geralmente, quando estamos ansiosos evitamos pensar sobre aquilo, mas quando mais você tenta não pensar, mais você pensa. Por isso, não pensar não é uma alternativa saudável. Você precisa preparar o seu cérebro, criar possibilidades diante dos desafios futuros", afirma.

5 Na reta final, só revisão
Duas semanas antes da prova, a psicóloga diz que o ideal é revisar o que você já sabe. "Não adianta estudar muito coisa diferente nessa fase, é muito mais valioso para o cérebro sedimentar o que você já sabe do que querer focar em um conhecimento novo", afirma.

6 Desmistifique o vestibular
Para ficar mais tranquilo, é importante pensar no vestibular como uma etapa, um processo, e não como um objetivo final. "O jovem atrela muito o sucesso na carreira à escolha e ao resultado do vestibular, mas hoje muita gente não trabalha na área em que se formou, o mercado está dinâmico, e muitos profissionais de sucesso não passaram de primeira no vestibular", afirma a psicóloga. "Quando você vê histórias de outras pessoas, quando você pega esses parâmetros possíveis e reais de sucesso e fracasso, você diminui a ansiedade e percebe que não tem que acertar sempre e vai com expectativa diferente para a prova", diz.

7 Confie no seu taco
No dia da prova, pense positivo e confie nos seus estudos. "É importante trazer essa confiança, pensar que você vai fazer o melhor que puder. Por isso, estabeleça um diálogo saudável consigo mesmo", afirma a especialista.

Fonte: Educação UOL